28 DE ABRIL DE 2019

A Inteligência Artificial e a privacidade das suas conversas

tecnologia de voz é uma das maiores apostas das empresas de tecnologia.

As grandes da indústria tecnológica Apple, Google e Amazon possuem as próprias assistentes virtuais por voz (Siri, Assistente e Alexa, respectivamente) que utilizam inteligência artificial para atender aos seus pedidos.

No entanto, o preço a ser pago está sendo caro: possivelmente, a privacidade de suas conversas.

Em 2019, o jornal The Guardian revelou que agências eram contratadas pela Apple para ouvir gravações de usuários da Siri.

A intenção, segundo a empresa, é aprimorar o serviço, ouvindo e identificando os possíveis erros da assistente.

No entanto, as pessoas não sabiam que estavam sendo ouvidas, ainda mais por outros seres humanos – o que revelou conversas entre médicos e pacientes e até negociações suspeitas.

Em resposta a esta polêmica, a Apple suspendeu a escuta das gravações.

Um caso semelhante aconteceu com o Google, que passou a gravar as interações com os usuários depois que eles diziam “Ok, Google” e chamavam o Assistente.

No entanto, a empresa afirmou que preserva a identidade dos usuários e que tem proteções para evitar as chamadas falsas – e evitar gravar o que não deve.

O Google foi proibido de escutar as gravações de voz na União Europeia por três meses, enquanto será investigado pela Alemanha por isso.

A história se repete com a Amazon, que foi repreendida pelo mesmo motivo e usa a mesma justificativa: aprimorar o aprendizado da assistente.

Embora o início da adoção de tecnologia de voz esteja envolto por polêmicas, é inegável o potencial da tecnologia.

O Walmart e o Google já realizaram parceria para que você possa, algum dia, fazer compras com comando de voz; a Amazon deseja que você mude a temperatura do ar condicionado do carro (e outros comandos) apenas falando e até utilizar a assistente virtual como um recurso de segurança para casas.

A demanda existe e é significativa: a Amazon vendeu 1 milhão de assistentes específicos para carros antes mesmo de lançá-lo.

Dispositivos com a Alexa também foram os mais vendidos pela empresa na temporada de compras no final do ano passado.

De acordo com o Google, 72 por cento das pessoas que possuem um assistente ativado por voz afirma que o dispositivo já faz parte de sua rotina diária.

E você, consegue imaginar um futuro em que utilizaremos comandos de voz em nossas rotinas? Como superar a questão da privacidade? Para saber mais, agende uma reunião com nossos especialistas.